• Artigo

    Editorial de Abril

    “Retiro o excesso que ofusca a semelhança…” (Pe. Fábio de Melo) Tenho em minha parede um crucifixo, de resina, na crueza da pedra, e nele posso contemplar o sacrifício do homem-Deus; aos seus pés, o que me revela ser Maria, sua mãe, segurando um cálice, colhendo o sangue que seu lado aberto verte. Torna-se impossível não mergulhar na poesia desse gesto, e ali me demorar. Entendo, assim, o que é Páscoa: é a festa da essencialidade, do substancial. A Senhora das Dores e Alegrias não permite que nenhuma gota de vida se perca, que não seja desperdiçada, Daquele que tudo foi entrega generosa e justa medida. Arrebata-me aos filhos escravizados…